ODISSÉIA

Fulgir, refulgir, pela noite escura,

Ser como um fúlgido e silente astro

Que atravessa o universo, a sepultura,

Deixando para trás um ígneo rastro.

Ser efêmero como o vão momento

E eterno como uma recordação.

Ser imperceptível como o vento,

Brilhar sozinho em meio à multidão.

Adotar um semblante circunspecto,

Ser cordial no trato com as pessoas.

Caminhar devagar e sempre reto,

Sempre de bem e em meio às almas boas.

Rasgar o espaço, imponente, radiante,

Varar o céu, a amplidão deserta.

Vencer barreiras e encontrar adiante

Uma porta aberta, outra porta aberta...

Vagner Rossi

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 29/07/2009
Reeditado em 15/08/2009
Código do texto: T1725630
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