ODISSÉIA
Fulgir, refulgir, pela noite escura,
Ser como um fúlgido e silente astro
Que atravessa o universo, a sepultura,
Deixando para trás um ígneo rastro.
Ser efêmero como o vão momento
E eterno como uma recordação.
Ser imperceptível como o vento,
Brilhar sozinho em meio à multidão.
Adotar um semblante circunspecto,
Ser cordial no trato com as pessoas.
Caminhar devagar e sempre reto,
Sempre de bem e em meio às almas boas.
Rasgar o espaço, imponente, radiante,
Varar o céu, a amplidão deserta.
Vencer barreiras e encontrar adiante
Uma porta aberta, outra porta aberta...
Vagner Rossi