NA RELVA

Um campo de tulipas, eu o visitava.
Gostava de estar nele e a ele, eu retornava.
Amordaçada, de de mãos e pés atados, eu andava;
Na terceira margem do rio, eu estava...

Eu procurava o chão, mas não o encontrava;
Numa terra vazia, de joelhos, eu chorava;
Buscava a solução num rio que aumentava
Com as lágrimas que de mim jorravam...

Mas fora lá, na terceira margem
Que o encontrei, eu encontrei meu rei,
Sem vertigem e sem miragem;

Emanuel, o Deus do céu, eu avistava;
A guiar-me na relva, ele estava...
Emanuel, meu Deus, me chamava.

Áurea de Luz
Aurea de Luz
Enviado por Aurea de Luz em 13/07/2009
Reeditado em 19/12/2019
Código do texto: T1697564
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