Submisso
Submisso
Tudo eu vi, no mundo que andei...
Vi desamor, vingança e emboscada.
Tudo, mais tudo, que encontrei,
só me pedia amor, mais nada.
Como pode um poeta ser a porta,
ser a esperança, e ser o sonho...
Da noite vazia, da noite morta,
das trevas que reinam sem tamanho.
O poeta é inquieto, na busca do amor!...
Sendo assim, será por isso?
Mas será que não vêem que sente dor,
que também chora, e é submisso?!...
É dependente do amor, que vos reclama,
do Rei da luz, do Rei da chama,
do anjo, e do espírito de Deus!...
O poeta quando escreve, vai ao além!...
Vagueia pelo mundo sem ninguém...
O poeta também vive... nos breus!
(Dolandmay)