O EGO
Quero morrer ao certo pra mim
Na inquietude interior sem fim
Sempre que perceber o meu ego
A apedrejar e me deixar cego
O ser faminto que pede afeto
No verso, no poema, no manifesto
Sempre que meu dom inferior
Sobressair no lugar do de valor
Quero me matar se não ligar
Com a dor dos abandonados da sorte
Àqueles que vivem sem suporte
Então quero ser dos que se importa
Caridade aos que vem bater à porta
E sempre que agredir o mundo
Que eu pulse o amor profundo
Como a mãe a embalar nos braços
Eu ainda neném e ela me acariciava
Nos cuidados, chamegos e dengos
A me limpar às fraudas com ternura
Mesmo quando cansada era só doçura.
Dueto: Roberta Teperino e Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado in “Amores Etéreos” p.77