DEUS SABE!
NALDOVELHO
Que existam sempre lágrimas
a escorrer dos nossos olhos,
testemunhas de nossas sensibilidades,
na verdade, palavras em seu nascedouro,
que quando amadurecidas se farão poema.
Que existam sempre dores em nossas almas,
pois que elas nos fortalecem e nos transformam,
fazendo-nos mais próximos, mais dignos,
para quem sabe um dia curar nossos irmãos?
Que exista sempre o conflito em nossos caminhos,
terapeutas que somos de tantos destinos,
é nossa sina caminhar por entre escombros,
amparar, o ferido, o desesperançado e até o inimigo.
Talvez seja esta a nossa missão;
compreender para que não seja necessário o perdão,
semear o trigo, purificar as águas, descortinar o sagrado,
amansar tempestades e alquimizar a fúria dos tempos.
Pois quando o ódio cegar toda a terra,
não nos deterá o sangue e a guerra,
continuaremos, apesar de sofridos.
É nosso ofício acreditar no amanhã.
NALDOVELHO
Que existam sempre lágrimas
a escorrer dos nossos olhos,
testemunhas de nossas sensibilidades,
na verdade, palavras em seu nascedouro,
que quando amadurecidas se farão poema.
Que existam sempre dores em nossas almas,
pois que elas nos fortalecem e nos transformam,
fazendo-nos mais próximos, mais dignos,
para quem sabe um dia curar nossos irmãos?
Que exista sempre o conflito em nossos caminhos,
terapeutas que somos de tantos destinos,
é nossa sina caminhar por entre escombros,
amparar, o ferido, o desesperançado e até o inimigo.
Talvez seja esta a nossa missão;
compreender para que não seja necessário o perdão,
semear o trigo, purificar as águas, descortinar o sagrado,
amansar tempestades e alquimizar a fúria dos tempos.
Pois quando o ódio cegar toda a terra,
não nos deterá o sangue e a guerra,
continuaremos, apesar de sofridos.
É nosso ofício acreditar no amanhã.