Caminhos desconhecidos

Meu andar

mais parece um cego caminhar

carrego o peso dos dias

ouço bocas mudas e vazias

vejo o movimento das ruas

choro por mãos pobres e nuas

penso no cavalgar do tempo

recolho migalhas atiradas ao vento

Quero enxergar

os caminhos desconhecidos

escondidos sob o chão da avenida

traçados pela mão invisível

do Senhor da Vida.

Por onde ando

o que faço

penso e desfaço.

Será?

Terá sentido pensar

estar entregue a sorte

ao destino de ser

e viver viajante

sem história ou memória

em errante trajetória

sem escolhas?

Onde estão

os caminhos desconhecidos?

Não consigo vê-los...

Como posso percorrê-los?

Não consigo vê-los...

Ouço:

“Pela mesma porta pela qual flui a pergunta, flui a resposta”.

“Simplesmente eles não existem para serem vistos através do corpo”

“Simplesmente eles existem para serem percebidos através dos sentidos da alma”

- Acalma teu coração

e olhe para teu mundo interior

perceba pelo retrovisoror o chão

e os caminhos já percorridos

acenda os faróis coloridos

do teu corpo astral

e descubra-te afinal!

Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 28/05/2009
Reeditado em 30/05/2009
Código do texto: T1620535
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