Caminhos desconhecidos
Meu andar
mais parece um cego caminhar
carrego o peso dos dias
ouço bocas mudas e vazias
vejo o movimento das ruas
choro por mãos pobres e nuas
penso no cavalgar do tempo
recolho migalhas atiradas ao vento
Quero enxergar
os caminhos desconhecidos
escondidos sob o chão da avenida
traçados pela mão invisível
do Senhor da Vida.
Por onde ando
o que faço
penso e desfaço.
Será?
Terá sentido pensar
estar entregue a sorte
ao destino de ser
e viver viajante
sem história ou memória
em errante trajetória
sem escolhas?
Onde estão
os caminhos desconhecidos?
Não consigo vê-los...
Como posso percorrê-los?
Não consigo vê-los...
Ouço:
“Pela mesma porta pela qual flui a pergunta, flui a resposta”.
“Simplesmente eles não existem para serem vistos através do corpo”
“Simplesmente eles existem para serem percebidos através dos sentidos da alma”
- Acalma teu coração
e olhe para teu mundo interior
perceba pelo retrovisoror o chão
e os caminhos já percorridos
acenda os faróis coloridos
do teu corpo astral
e descubra-te afinal!