MARÉ NEGRA
Fustiga-me o rosto
súbita nortada
derruba-me a vaga
de negra maré
atingem-me raios
granizo, trovões
por pouco sou nada...
Recorro assustada
às asas da fé
e de alma alumbrada
navego sem medo
à proa e à ré
enfrento a nortada
e rumo de pé!
(In "Geometrias Intemporais"