CATEDRAIS
CATEDRAIS
Seus tijolos sólidos,
Guardam suor, sacrifício.
De muitos que inutilmente
Estiveram no exercício,
Para erguer-vos, atirando-se.
Ao terrível precipício
Em busca da fé.
Belas que sois,
Em suas paredes compactas
Guardais sagrados segredos
Que não ousais revelar
Como se eternamente
Pudésseis guardar
As sementes da esperança
Comprimidas diante do altar.
Tristes monumentos
O passar dos séculos
Não extinguiu seus mistérios
Para algumas santas almas
Ainda servis como eterno
E desconhecido cemitério
Anônimos operários do Senhor.
Paisagens eternizadas
Em tuas paredes
Cenas de momentos divinais
Expressões angustiadas
De espíritos tentados
Por legiões infernais
Tantas relíquias,
Diante da existência
Esculpidas em ouro e prata
Em vão guardadas
Incontáveis penitências
Consagradas ao Céu
Se tivésseis seiva de vida
Não teríeis sido a derradeira
Morte do Criador.
Ao prender entre tuas paredes
Voluntários sedentos de
Aliviar suas dores
Enfeitadas de coloridas flores
Seus odores de incenso
E as mágicas vozes de
Desconhecidos cantores
Em belíssimos louvores
Aos pobres seguidores
Que ao te visitarem
Julgando-se perenes pecadores
Seriam então libertos,
E pobres ludibriados
Esquecidos que o verdadeiro
Amor não necessita
De ricos andores.
Um pouco da poesia do tempo
Encerras em vós como
Pálidos sacramentos
Suas torres não chegarão ao céu
Pois um dia espertos seguidores
Rasgarão os véus
Que ainda vestes seus encantos
Amargos como fel.
Cataclismas derrubarão
Seus fortes muros
Qualquer dia no futuro
Redimidos pecadores
Abrião as janelas da alma
E verão que somente
No amor existe
Verdadeira Redenção.
CATEDRAIS
Seus tijolos sólidos,
Guardam suor, sacrifício.
De muitos que inutilmente
Estiveram no exercício,
Para erguer-vos, atirando-se.
Ao terrível precipício
Em busca da fé.
Belas que sois,
Em suas paredes compactas
Guardais sagrados segredos
Que não ousais revelar
Como se eternamente
Pudésseis guardar
As sementes da esperança
Comprimidas diante do altar.
Tristes monumentos
O passar dos séculos
Não extinguiu seus mistérios
Para algumas santas almas
Ainda servis como eterno
E desconhecido cemitério
Anônimos operários do Senhor.
Paisagens eternizadas
Em tuas paredes
Cenas de momentos divinais
Expressões angustiadas
De espíritos tentados
Por legiões infernais
Tantas relíquias,
Diante da existência
Esculpidas em ouro e prata
Em vão guardadas
Incontáveis penitências
Consagradas ao Céu
Se tivésseis seiva de vida
Não teríeis sido a derradeira
Morte do Criador.
Ao prender entre tuas paredes
Voluntários sedentos de
Aliviar suas dores
Enfeitadas de coloridas flores
Seus odores de incenso
E as mágicas vozes de
Desconhecidos cantores
Em belíssimos louvores
Aos pobres seguidores
Que ao te visitarem
Julgando-se perenes pecadores
Seriam então libertos,
E pobres ludibriados
Esquecidos que o verdadeiro
Amor não necessita
De ricos andores.
Um pouco da poesia do tempo
Encerras em vós como
Pálidos sacramentos
Suas torres não chegarão ao céu
Pois um dia espertos seguidores
Rasgarão os véus
Que ainda vestes seus encantos
Amargos como fel.
Cataclismas derrubarão
Seus fortes muros
Qualquer dia no futuro
Redimidos pecadores
Abrião as janelas da alma
E verão que somente
No amor existe
Verdadeira Redenção.