O Baile Cigano

O Baile Cigano

No balançar das saias coloridas

E no abanar dos leques rendados

No meio de tanta, seda, cetim, bordados

Eu vi o que anima tantas vidas

A alegria de bailar lado a lado,

Acenando leques, revirando as mãos,

Marcando os passos candenciados,

na dança dos ciganos apaixonados.

Almas livres, destinos misteriosos

Errantes pelas estradas

Lá vão os ciganos em caravana

Distantes ....

O vento e o tempo impiedosos

Lhe empurram para muitas jornadas.

Não têm máscaras, não têm véus

O destino às vezes lhe é cruel,

Lhe faz guardar lágrima no coração

Pois Cigano, não pisa duas vezes o

mesmo chão.

E na cadencia de mais uma balada

Caravana na estrada

Cigano sonha com sua alma encantada

Livre de laços, apenas filhos do sol,

Irmãos da lua, amantes das estrelas

Seres que dançam, cantam,

Felizes.

O tempo, o vento, a chuva e a estrada,

Só trazem mais um refrão

Para esta vida cheia de balada

E muita força no coração.

No baile de uma existência

Eu vi que vale mais que tudo a felicidade

E um simples momento de liberdade

Do que a desditosa inexperiência.

Tantas almas acesas e multicoloridas

Além de bailar, voando lá no alto

Acenando para novas realidades

Novas alvoradas, novas vidas...