ALMA EM SÚPLICA
Senhor, estou acorrentado aos erros do passado
E como castigo construí meu próprio cárcere
Um rico jazigo todo de mármore
Onde meu corpo apodrece junto aos vermes do pecado
Senhor, quebra o lacre desta sepultura
Resgata-me desta cova pútrida e frígida
Onde minha alma arde arrependida
E meu espírito agoniza em tortura
Vem, santo espírito consolador
Arrebata-me deste sepulcro podre
Antes que os vermes devorem meu corpo
Derrame sobre este túmulo o bálsamo do teu amor
Senhor, tu que és o caminho, a verdade e a vida
Salva-me deste jazigo e leva-me pra onde quiseres
Mas não permita ao meu espírito o castigo
De ver o corpo consumido pelos vermes