Talvez não seja tão ruim assim. 
 

Olho pra mim e me vejo tão pecador
Tão mesquinho, tão pequeno, tão egoísta.  
Vejo-me como um vazo de barro
Da pior terra que há.
 
Olho pra mim e me vejo tão pobre
Cheio de vícios, de maldades
Vejo-me numa grande contradição
Onde sou corroído pela mentira
Pela maldade humana, pela razão
Por ter olhos presos em única visão.
 
Olho pra você e o vejo tão bom
Repleto de compaixão e misericórdia
Com o coração que sangra
Por este grande amor que tens por mim
Ainda que pouco valho.
 
Talvez seja este grande amor
Que tu tens por mim
Que me enxergas por dentro
Vê-me onde meus olhos não enxergam
Talvez não seja tão ruim assim
E que meus defeitos são frutos
Do pecado que a carne contém.