Céus

Eu sabia que os céus não existiam,

até me deparar com eles,

a vegetação levemente orvalhada,

um calor quase vivo!

Ah! que beleza jamais antes vista! Ah que perfeição!

Glórias aos deuses! Glórias aos deuses!

E quanto mais eu me entrego a esse paraíso

mais eu sinto esse calor, quase uteral!

Agradeço à deusa, que me abençoa.

Não sabia que há o paraíso na Terra,

nessa Terra de maças e Evas e Vênus!

E abraço com todos os braços essa terra,

sagrada terra, fecunda, finita e infinitamente delicada.

Vejo montanhas mais ao norte, lindas!

Mas não tenho coragem de sair de terra tão boa,

Então estendo meu olhar lambido até tais montanhas.

E aprendo a viver, a fazer viver,

Ouço uma risada, diferente da gargalhada,

E gosto e me sinto inspirado a trabalhar mais e mais,

E aprendo que até mesmo a Bíblia está certa,

é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma

agulha,

do que passar um homem-poeta de má vida como eu pelas portas do

Céu.

Cumpro a ordem de meu Deus e gozo

dessa paisagem, e a vejo rir,

se abrir em um só sorriso,

e esta me engole, eu luto,

eu luto e saio, mas volto a ser puxado

e ficamos nessa briga por todos os tempos

até que eu perco e me perco e....

e...

e..

e.

e

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

não sou mais nada que um suspiro

sem até mesmo desejar ser mais, que apenas

um suspiro!

(André)

Paxe
Enviado por Paxe em 16/03/2009
Reeditado em 25/05/2009
Código do texto: T1489728
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