Porque eu sou SIDDHARTHA
Porque doravante
Passo a ser SIDDHARTHA
O Iluminado
A metamorfose
Quem nunca é o mesmo
Quem sempre sempre muda
Eu não sou Eterno e Imutável
Eu sou transformação
Sou cor, sou iluminação
Eu sou o Ser Incompreensível
Sou a alma das cousas
Das plantas
Dos rios
Eu agora sou SIDDHARTHA
Não o mesmo de sempre
Porém o mesmo triste
Angustiado
Solitário
E Sem amigos
De todo o sempre
Eu tenho um destino
E meu destino eu obedeço
Eu sigo
Vou deixar a vida me levar
Aonde ela quiser
Vida, leva-me!
A vida é o rio
O rio das pedras
O rio das almas
O rio do sol
O rio que desagua no mar
E eu me perco no mar
No corpo do rio
Me faço rio
E desaguo no mar
Porque eu sou SIDDHARTHA, de ora avante
Eu nunca mais serei o mesmo
Porque eu sou SIDDHARTHA
a LUIZ, o ILUMINADO
O incompreendido
O incompreensívo
O ignoto
O incompleto
Eternamente