RUMO SEM APRUMO
Nas calçadas, as passadas do tempo
Deixaram marcas, feito coisas imortais.
Quem não se recorda do menino,
Guri de suspensório, sapecando bolinha de gudi?
Menino rueiro!
Mas os emblemas tem seus meios
Paulatinamente traçados.
No presente, o homem tem devastado florestas,
Tem perfilado de astúcia malfazeja,
Rasgado bandeiras erguidas outrora,
Massageado orgulho e arrotado vitórias.
Mal sabe ele desses danos cometidos,
Embevecido pela incúria e zombaria!
Fosse só um pouco diferente
E poderia não ter alma tão ausente.
Perceberia na essência,
Cores, luzes e complacência na justiça
Do Mais Alto,
E por certo mediria os seus atos
Nodoados, ignóbeis...
E a esperança seria o verdadeiro estigma
De um novo dia.