Self me

Eu quero a certeza de que o mundo será livre

E que as pessoas não mais sejam ignoradas nem ignorantes.

Quero a luz vinda das trevas e trevas naquilo que a luz esconde.

Quero sentir a leveza do vôo do pássaro no olhar de uma criança

Que faminta chora pelo pão da vida e pela água que alimenta a alma.

Preciso ver que a vida continua, antes mesmo de eu partir

Para que em sonhos eu saiba que meus filhos e irmãos partilham

Da comida que é a consciência plena e da água que é a sabedoria divina.

Que meu medo não se realize e que a cada dia as pessoas cresçam mais

Amando-se e respeitando-se umas as outras e a si mesmas

Em tom único com o macro, vibrando em harmonia com a última camada

Suburbana, subterrena, escondida e liberta por todos que anseiam!

Eu quero que a vida não seja breve, e se for, que não seja em vão.

Que a medida que eu cresça, outros também me sigam e façam o mesmo

Perfeitos consigo e com o mundo. Que a voz que em mim grita agora

Sossegue e saiba ouvir aquilo que minhas metades suplicam

E que eu seja!

(Emilia Ract)

Emilia Ract
Enviado por Emilia Ract em 07/02/2009
Código do texto: T1426657
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