Self me
Eu quero a certeza de que o mundo será livre
E que as pessoas não mais sejam ignoradas nem ignorantes.
Quero a luz vinda das trevas e trevas naquilo que a luz esconde.
Quero sentir a leveza do vôo do pássaro no olhar de uma criança
Que faminta chora pelo pão da vida e pela água que alimenta a alma.
Preciso ver que a vida continua, antes mesmo de eu partir
Para que em sonhos eu saiba que meus filhos e irmãos partilham
Da comida que é a consciência plena e da água que é a sabedoria divina.
Que meu medo não se realize e que a cada dia as pessoas cresçam mais
Amando-se e respeitando-se umas as outras e a si mesmas
Em tom único com o macro, vibrando em harmonia com a última camada
Suburbana, subterrena, escondida e liberta por todos que anseiam!
Eu quero que a vida não seja breve, e se for, que não seja em vão.
Que a medida que eu cresça, outros também me sigam e façam o mesmo
Perfeitos consigo e com o mundo. Que a voz que em mim grita agora
Sossegue e saiba ouvir aquilo que minhas metades suplicam
E que eu seja!
(Emilia Ract)