NÁUFRAGOS
Devagarzinho...
Bem de mansinho,
Ou, às vezes, bem depressa,
Sorrateira,
Zombeteira,
Sorridente, sim, as vezes sorridente.
Calada, na calada da noite.
De dia, a qualquer dia.
Sozinha...
Vem sem amigos,
Sem sócios, consortes.
Querer, ninguém a quer,
Fogem todos dela,
Batem-lhe na cara as portas,
Ela dá voltas,
Quer entrar,
Insiste, olha pela fresta da porta,
Espera. Ah! Ela é paciente, maneira,
Dá o bote certo,
Chegou a hora, já era...
Só Deus pode mudar o incerto...
É a morte que veio pra ficar
Pra te buscar
Pra me buscar...
E vamos! Como náufragos
Em mar aberto,
Por certo, sem remo, sem rumo,
Sem volta... Adeus...
Devagarzinho...
Bem de mansinho,
Ou, às vezes, bem depressa,
Sorrateira,
Zombeteira,
Sorridente, sim, as vezes sorridente.
Calada, na calada da noite.
De dia, a qualquer dia.
Sozinha...
Vem sem amigos,
Sem sócios, consortes.
Querer, ninguém a quer,
Fogem todos dela,
Batem-lhe na cara as portas,
Ela dá voltas,
Quer entrar,
Insiste, olha pela fresta da porta,
Espera. Ah! Ela é paciente, maneira,
Dá o bote certo,
Chegou a hora, já era...
Só Deus pode mudar o incerto...
É a morte que veio pra ficar
Pra te buscar
Pra me buscar...
E vamos! Como náufragos
Em mar aberto,
Por certo, sem remo, sem rumo,
Sem volta... Adeus...