RENÚNCIA

Renúncia

Certa vez, saudoso e caro amigo,

Citou-me um título deveras expressivo,

Guardando a ênfase do sugerido

Ainda tem estado comigo.

Na poeira do tempo...

Desfez-se aquele momento.

Mal sabia eu o valor do tal,

Sentimento sem igual.

Por mais que luzes brilhem

No céu escuro do firmamento

São ilusórias paisagens

As chuvas de fogos de artifícios.

Ainda que me tentem

Na rotina amarga do ofício

Acenando promessas tentadoras

Não posso aceita-las tão pecadoras.

Sob a luz da amizade

Repartida entre os pares da irmandade,

Consegui encontrar a porta da eternidade,

Clarão pressentido em único instante.

Em momento certo, preciso, foi bastante,

Para iluminar o caminho a ser trilhado,

E Seguir em frente evitando certo atalho.

Disse-me o amigo com carinho.

Em cada passo dessa jornada

Não deixes que tua alma então cansada

Caia fraca no meio da estrada,

Pise com leveza, mas com firmeza.

Dispa as roupas de tua humanidade,

Revendo os fatos passados com imparcialidade.

Receba as vestes espirituais com humildade,

E proteja-se do frio com o manto da Renúncia!

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 29/01/2009
Código do texto: T1411481
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