RENÚNCIA
Renúncia
Certa vez, saudoso e caro amigo,
Citou-me um título deveras expressivo,
Guardando a ênfase do sugerido
Ainda tem estado comigo.
Na poeira do tempo...
Desfez-se aquele momento.
Mal sabia eu o valor do tal,
Sentimento sem igual.
Por mais que luzes brilhem
No céu escuro do firmamento
São ilusórias paisagens
As chuvas de fogos de artifícios.
Ainda que me tentem
Na rotina amarga do ofício
Acenando promessas tentadoras
Não posso aceita-las tão pecadoras.
Sob a luz da amizade
Repartida entre os pares da irmandade,
Consegui encontrar a porta da eternidade,
Clarão pressentido em único instante.
Em momento certo, preciso, foi bastante,
Para iluminar o caminho a ser trilhado,
E Seguir em frente evitando certo atalho.
Disse-me o amigo com carinho.
Em cada passo dessa jornada
Não deixes que tua alma então cansada
Caia fraca no meio da estrada,
Pise com leveza, mas com firmeza.
Dispa as roupas de tua humanidade,
Revendo os fatos passados com imparcialidade.
Receba as vestes espirituais com humildade,
E proteja-se do frio com o manto da Renúncia!