UM BREVE POEMA...
Nomeei este poema UM BREVE POEMA... por eu tê-lo criado no meu perfil do Orkut. No início da página apenas estava escrito: UM BREVE POEMA...
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É tão simples e, ao mesmo tempo, tão difícil e cruel...
ser o jovem Siddartha.
A vida, para mim, é como um tapete
que se desenrola no decorrer dos dias,
dos meses, dos anos.
A vida é como um caixa de surpresas,
como um livro de muitas páginas,
que surpreende a cada capítulo.
Ser Siddartha não é, de modo algum,
fácil tarefa.
É necessário ter dom para isso,
é necessário já nascer Siddartha.
À vez uma voz exclama dentro de mim
e para mim:
Vamos, Siddartha, que é longo o caminho.
Esta voz...
é a minha própria voz.
Esse sou eu,
Siddartha,
o ignoto,
o inconfundível,
o Jovem Buscador,
a alma sedenta...
Siddartha...
Em busca do caminho,
no caminho
estou.
Busco a verdade, a dita...
Busco colher cada grão no solo,
cada folha de árvore, seca e sem vida.
Busco arrancar as letras que as estrelas
Formam no céu,
e formar uma frase, que tenha sentido, em sim mesma.
Mas já nem eu sei o que busco.
O Caminho não é Um.
Quiçá não exista o Caminho;
quiçá o Caminho seja vários caminhos.
E eu digo para mim:
Escolhe!
Mas não é fácil escolher um caminho a segur.
É uma tarefa tão difícil quão ser um ser humano.
Creio que seja por isso que temos oportunidades ilimitadas.
Mas não é fácil escolher o caminho,
e quase nunca se o encontra.
À vez ele está tão longe, o Caminho.
À vez está tão perto.
E quem poderá dizer:
Eu o sinto, eu o seu?
O que busco?
Já nem sei o que busco...
Vamos Siddartha, atrás de seu destino,
que é longo o caminho, e estreito,
que é longa a jornada, e sem volta,
que é obscura a vida, e surpreendente,
e assustadora, a morte,
e novo, o nascimento.
Vamos, porque a vida o levará...