Devaneios
Devaneios
Os ventos no norte contam estórias para estrelas cadentes.
São versos submersos entre rimas dormentes...
À espreita, moinhos cansados de mover o tempo;
Guardam devaneios em um bau ao relento.
As estradas se perdem nas encruzilhadas.
Tortuosas, teimam em seguir em linha reta.
A meta, um antigo sonho, um horizonte perdido,
No sóton da vida, esquecido em um canto qualquer.
Imagens passam como nuvens sem destino.
As mãos trêmulas, do velho menino,
Singram pelo corpo feminino sem rosto.
E o passado, a contragosto, reflete o presente ausente.
Pobre lua que se banha nas águas de eu oceano
Momento profano, retrato de mulher....
Perdido para sempre, no coração, na mente, em um canto qualquer.