A longividade da curta e pequena vida

A longividade da curta e pequena vida

De repente, a cantiga da brisa chega suave e mansa....

Nos verdejantes campos, a esperança abre Angelicais asas e engaja um terminal vôo secular!!!

A vida à espreita, espreguiça e boceja.Depois, mordisca a cereja e lambe o frágil caroço. Pensa, ao salivar doce, E PERGUNTA PARA O TEMPO AINDA TÃO MOÇO: - SERÁ A MINHA JORNADA TAMBÉM TÃO CURTA E PEQUENA???

A Clave da dúvida transcendente...descortina um cenário mambembe: acordam os sonolentos elementais, que . Impulsinam a terra, o fogo, a água e o ar.

É hora certa agora. É preciso provar o improvável e voltar a navegar.

O mestre dos Ventos aciona antigas embarcações:

E com a ajuda dos elementais traz empoeiradas marés de canções, apenas para encantar a beira do Caís.

Ao toque de condão da Rainha-FADA, a alfazema e o sândalo perfumam o oceano e a estrada.

Com mágicos pincéis e prateados anéis, o povo pequeno sai das nuvens junto ao luar. A invisibilidade aparente se faz presente. Ao banhar da Lua no Mar, o medo, a dor, a angústia e a morte desaparecem atrás das colinas do Norte.

Anjos da Cura em armadura reluzente rompem o ventre: Conduzem docemente o senhor em agonia. Na alegria da adorável redenção, ele abandona o corpo enfermo e cansado. Caem as amarras. A alma transcende ao compasso eternizado do Coração Sagrado.

O tempo agora tão velho é o próprio Evangelho: a Clareira Universal de repentina Branquitude sufoca a Inquietude. A Vida é Acolhida, deixa de ser terrena, curta e pequena.Na Carruagem preparada pelos Elementais, a viagem é rumo AS INTERMINÁVEIS LUZES CELESTIAIS.

Três da tarde, último dia do ano de 2008- para meu amado pai Cezar França que partiu em agosto.

andyfrança
Enviado por andyfrança em 01/01/2009
Código do texto: T1362225