Ariane Celestia

Ariane Celestia

Sinto falta dos prados celestiais de Antares,

Das estradas cósmicas que me levavam a paz no teu corpo

Hoje, igual a um porto solitário, vivo neste Sistema apenas da lembrança

Ah, antigos barcos estelares, ainda sonhando em zarpar, tecendo esperança, almejando alto-mar

Passam Pescadores de meteoros, içando estrelas, banhando imagens

Cometas e poetas lunáticos, calados, navegando em abandonadas astronaves...

Visceja na poeira cósmica, o rosto róseo, eu marinheiro protonauta, singro nos rastros do azul do teu olhar

Passam agora galaxias em ions, violinos meninos em notas astrais

E no cais estelar, como anjo caido, ícaro ferido,

Alço novo vôo, desta vez de pelicano insano.

Na órbita de gaivota solitária, no tropel de pégaso perdido,

vou Celestia Ariane, a qualquer hora, ainda te encontrar.

Ariane, eu sei, estais guardada longe, bem longe em redomas siderais

Celestia nectar de flores, luzes e cristais.

Eu prometo, Navegarei entre minhas próprias poesias,

Entre letras mortas de saudade.

E chegarei, quando ninguém acreditar, em um Vôo secular,

Para pousar suave no teu olhar,

Fim da Odisséia: te amarei pela eternidade...

"Amar por ser amado é humano, mas amar pelo amor é angélico." - Alphonse de Lamartine

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andyfrança
Enviado por andyfrança em 30/12/2008
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