PERTO DAS SEIS DA TARDE
Perto das seis da tarde
Perto das seis da tarde...
A prece das divindades
Perto das seis da tarde, o Sol faz sempre uma adorável curva descendente...
Prudente, simétrico e como sombra do cotidiano, queima, queima, mas não arde...
Raios antes insuportáveis e quentes, agora são gotas dançantes de luzes que transmitem e emanam serenidade.
E perto das seis da tarde... talvez pela correria do dia-a-dia nós, infelizmente, não percebemos que podemos - em um simples minuto de reflexão na translucidez do cair da tarde - viver toda uma eternidade...
São Fracos, os raios brilhantes, mas confortantes e incessantes.
São Raios que espalham por vários lugares, distraídos, paz e harmonia sobre as montanhas...
E Fenecidos, acareciam as planícies verdejantes, acalmam até a fúria dos mares.
Não é à - toa que Perto da Seis da Tarde, as Falanges param, silenciando-se em preces e orações Guardiões e Legiões de Anjos, meditam, ao topor da brisa, procuram imantados pelo Pôr-do-Sol, pelo Divino Arrebol, Os Sagrados Cantos do Mundo.
Soberbo Momento profundo, singelo, pueril ao cantar dos pássaros, ao migrar das gaivotas, em meio ao vôo solitário do pelicano, sempre cortando o Céu em ritos repletos de louvores ao Senhor do Universo...
É , por isso, que perto das seis da tarde, a Palavra e o Verso resplandescem nas Orações do Seres Encantados...
Quanto conforto habita a eternidade de um segundo perto da Seis da tarde!!!
Então, de repente, o dia, todo dia vai embora ...
Ficando apenas a sensação que em algum lugar, lá fora, no imaginário solstício, principia um anoitecer fictício, simbolizando a própria existência, simbolizando a própria vida!!!
E há realmente esperança por perto, caminhos para se trilhar.
Perto das seis da tarde, se quisermos louvar, encontraremos juntos, até no último instante, o milagre da Chegada e, ao mesmo tempo, o milagre da Partida...