PROFECIAS

Ouço músicas que não envelhecem,

que me falam de promessas não cumpridas...

que cantam paisagens sugeridas

de um mundo novo que adivinhamos.

Escrevo versos remanescentes

daquele tempo idealista

em que a juventude altruísta

afrontava tudo com tinta, flores e papel!

Aqui bate um coração inconformado

que sente o peso da desolação,

neste mundo de concreto e ilusão

onde a vida não tem valor.

"O que é que pode fazer um homen comum

neste presente instante,

senão sangrar, tentar inaugurar

a vida comovida...

inteiramente livre e triunfante!"

Canta, canta profeta Belchior,

que uma nova mudança

em breve vai acontecer

e precisamos todos rejuvenescer,

retomar o velho ideal!

Mas o tempo se esvaiu

na gigantesca ampulheta,

gira angustiado o planeta

carregando pesado fardo de iniqüidades.

Após milênios de advertências não ouvidas,

de insistentes profecias repetidas...

ruirão nossas frágeis ilusões.

Desaparecerão nossas evanescentes miragens...

em tempestades,terremotos e furacões,

saneando e modificando as paisagens!

Então e somente então,

os ouvidos moucos ouvirão,

versos novos e antigos

anunciando a primavera,

nossos mais caros anseios traduzidos...

inaugurando a nova era!!!

Bernardo Maciel
Enviado por Bernardo Maciel em 11/11/2008
Código do texto: T1277396
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