DESENLACE
Desenlace
Estou cansada desta visão determinada
Onde as cenas se repetem doloridas
Corpos humanos deteriorando em vida
Almas cansadas, aprisionadas, sofridas.
Este tempo interminável sem utilidade
Onde repousa o ser imóvel sem atividade
É singular, atípico, estranho sem classe.
Difícil viver, respirar, neste impasse.
A chama se apaga lentamente, escorre.
Para o nada, o infinito até que se esgote.
A última chance de gritar, pedir ar.
Cenas se dissolvem sem utilidade móvel
O tempo volta a marcar o desenlace
E o corpo jaz, morto, quieto, imóvel.