EPÍSTOLA DE UM POETA AO SEU DEUS
Quem és Tu
Que não ouço a Tua voz?
Apenas
Sinto a tua doce presença
E isso é o suficiente
Para mesmo no mais obscuro
Dos meus abismos
Nunca ter frio
Nunca me sentir só
Como sabes
Voltei a encontrar-te
Em dois locais
Que para mim são sagrados
São
Profundamente especiais
E assim
Vindo de terras Francas
Com um espírito luminoso
Reconheço
Que contigo
Aprendi uma nova dimensão
Do simples acto de Amar
Amar tudo
O vento que passa
Uma flor
E a sua floresta
Ou apenas vaso
Amar quem me ama
Amar tudo o que faço
Pois a tua presença
É poético chamamento
Pois como Tu
Tento escrever poesia no vento
Não me importando
Que as palavras
Se possam perder
Pois tal
Como Tu
Sei que alguém
Algures
As irá
Receber
E se calhar
Amar
Sendo esse o meu objectivo
Como ser
Que mesmo longe
E sem me conhecer
Esse alguém
Me possa
Com todo o carinho do Teu Reino
Estimar…