DAS ENGRENAGENS

Engrenagens

Imaginam

O tempo

Lendo-o

Através dos tempos

A deitar fora

O caminho

Das imensas luas

Desatados ventos

Oceanos em marés

Do desquantificar

Medidos intentos

Dos homens relógio

Pequenos a tentar

(os donos do tempo)

Perdidos em seus inventos

Minutos em horas

O "já" não mais aos ventos

De um seguir detento

Aos ponteiros

Seus "agoras"

Foguetes

Insanos à lua

Do pensamento vão

Ao largo

Dos pequenos vãos...

Momentos

Do germinar a vida

Onde nasce a flor

Que sobe-se

Em tenra haste

A escalar as dimensões

Do "é" do tempo

A brotar silêncios

Ao extremo de dizer

Pétalas

Em gotículas d'água

Refletindo luas

Que dançam

À magia

Água fogo terra e ar

Engrenagens

Neste poema

Que sonho

A descer em linhas

Aos assovios

De ventos

Que vêem

Imemoriais

Doutros tempos.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 19/10/2008
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T1237414
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