O menino do tempo

Como num sonho feliz

De acordar dormindo

Sem voltar para cá

As imagens soltas

vão evoluindo

Umas sobre as outras

Num bailado livre

Colorindo de luz

Um caminho de amores

Numa réstia luminosa

Despencada ao espaço

Procuro-me absorto

Extasiado e escasso

Procurando o meu norte

Ainda sem sorte

Sou levado na esteira

De experiência insular

Meio querendo ir

E tentando acordar.

Mas, qual espanto o meu

Que devera ser triste

E assim me alegrar

E não gozar de estesia

De tamanho sem par

Extravasando alegria

Onde a noite era dia

E o menino do tempo

Perdido no espaço

Querendo apenas sonhar.

São Fidélis 07out08