O Meu Deus

Confissões de um agnóstico crente

O MEU DEUS

É do tamanho do que sinto

Do tamanho da imensidão

Está sempre nas estrelas

Que quando brilham me dão atenção

O meu Deus

São vários

Os meus mortos

Que com a morte ganharam a eternidade

Transformaram-se num dicionário

O meu Deus

Onde busco

As respostas

Para as coisas simples da vida

Pois não as percebo

A minha mente elas as teme, delas duvida

O meu Deus

Não tem rosto ou morada

Habita nas coisas que amo

Passeia comigo na minha estrada

Por onde eu ando

Sempre andei

Mergulhado em dúvidas

Ansiando por uma lei

Que ponha ordem

A todas as ideias

E inúmeras emoções

Baralhadas na minha batalha sem fim

Onde o maior inimigo

São as minhas razões

Do que faço

Ou como hei-de agir

A via do futuro é tortuosa

E tenho medo dela sair

Tenho medo de perder a razão

Embora a luz que me guie seja honesta

É uma bênção

Pois devolve-me a tranquilidade

Quando tenho de me mexer

E de isso alguém confundir com falsidade

O meu Deus

É do tamanho dos meus mundos

Transborda amor

Morrerá quando eu morrer

Seja isso quando for

O meu Deus

Poema protegido pelos Direitos do Autor