SAUDADE AFLITA

Ouço palavras soltas

Vindas de invisíveis lugares,

Sufrágio das almas envoltas

Em magia de altares.

E me vem uma saudade aflita

Com o raiar da aurora,

Com o canto do pássaro que imita

Um espírito que ora.

Mergulho no passado...

Estou neste planeta à toa?

Mas da fé ouço o chamado

Implícito no sino que soa.

E a voz metálica do sino

Ganha calor já não é fria

Assume notas de suave hino,

Minh’alma é só alegria

Amparada fui por uns braços...

Vislumbrei a senda percorrida,

Não posso romper os laços,

Servir é minha missão nesta vida.

01/10/08