MENTE

Finalmente com objetivos claros e definidos sigo a vida

Não importa se a hora é chegada

Precisava de uma vez por todas pensar apenas em mim

E isto feito já é de bom tamanho todos hão de convir.

Coisa errada e sem mágica é chegar aos vinte e quatro

Permanecer neles até os quarenta e quatro

E aos cinqüenta e quatro não querer chegar

Aos cento e quatro.

Ah! Eu mesma não!

Chegarei aos mil e quatro

E quem sabe muito mais ainda hei de ir?

Mesmo achando vez ou outra

Que nem sou mais daqui.

Senão vejamos: se estou aqui,

Porque me sinto lá?

E quando sinto que estou lá,

Volto correndo para cá?

E sem saber aonde estou, fico por aqui

E, assim, daqui pra lá e de lá pra cá

Fico sem ter pra onde ir.

Paro e penso

Que direção devo tomar?

O coração logo se mete

E todo peralta logo diz:

- Vai por mim!

Nossa, de jeito nenhum

Não sou louca!

Quem vai decidir é minha mente

Ela sabe das coisas e não mente

Pois minha alma sente

E com ela sempre estou contente

E, então,

Pra onde vamos, pergunto à minha mente

E ela toda sapiente e se achando

Prontamente me responde:

- E eu sei lá !