DESTINO - marginal da vida

Pergunto as madrugadas “qual meu destino”

Em vão espero...

Questiono à escuridão... em vão.

Tento me ver na transparência

De meu próprio brilho

As respostas não vêm...

Pergunto ao sol, à lua interrogo

Nas estrelas ... me confundo

São tantas e tantas são minhas questões.

Em volúpias às vezes me sinto

E minto pra mim mesma as razões

Desminto numa outra ação - invento outra.

A verdade dentro de mim e não a vejo

Ou faço que não a sinto

Pensamentos que me envolvem- me levam - me enlevam.

Ah vida! Obscura e misteriosa

Destino está nos teus próprios pés

Me confidencia uma estrela cadente

Cândida espera se esvai

Mas mal sei que a espera

Entrelaça ao meu desejo de vida.

Teus encantos são teus atos

Mostre a beleza de um momento, persiste ela

Não o destino fatídico - que ofusca - que enternece.

A ação urge na indocilidade da alma

Transformar em luz o que se diz destino

Que as Marias, as Raquéis, as Zairas sejam partícipes da revelação

Plenitude da vida - mão única do prazer.

(dedico à minha querida cunhada Zaira)