A MORTE DO CORPO!

A Morte não é uma Caveira sobre mortalha e capuz pretos...

Antes, uma Mansa Pombinha que nos leva a Vôos Infinitos...

Barra Grande, Baía de Camamu, Estado da Bahia - Brasil. Madrugada de 07 de fevereiro de 2006

A Morte quando me Chegar

Que venha bem de Repente

Num Desmaio, em Vertigem...

Que mais posso Desejar

Qe não seja Deprimente?!...

Já estou Velho, se me Exigem!

Meus Filhos já são Adultos

Bem Educados e Cultos

Prontos pra Enfrentar a Vida!...

Quero ter a Liberdade

De Voar pra Eternidade

Com Minha Missão Cumprida...

Penso Deixar de Legado

O meu Amor Acendrado

Por Tudo aquilo que Faço...

Meus Filhos, Irmãos, Amigos,

Perdão aos meus Inimigos

E a Quem Induzi ao Fracasso...

Não quero estar Imprestável

Sem poder Ler e Escrever

Ou ter que ser Carregado!

A Morte Me será Amável

Se me vier Socorrer

Enquanto eu não for Pesado...

Não Pensem que sou Orgulhoso

Sou um Sujeito Virtuoso

E mais do que isso, Humano...

Viver como Vegetal

Traz Sofrimento Geral,

Traz Martírio e Desengano...

Por isso Quero Partir

Um Pouco Antes de Vir

Sobre mim a Letargia...

Eu quero Morrer Sozinho

No sono d´um Passarinho.

Pensem em mim com Alegria...

No Momento em que Eu Passar

Meu Espírito Vai voar

Em Busca da Eternidade...

E Meus Versos Mais Singelos

Relembrados, nossos Elos

Atenuarão a Saudade!...

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 12/02/2006
Reeditado em 29/10/2008
Código do texto: T110815
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