CRISTAL
O vaso quebra
Mundo desaba
Chão abriu-se naquele momento
Olhar fulminante
Atinge a alma errante
Congelou o tempo naquele instante
O coração acelerou e a face enrubesceu
Troca-se tudo pelos cacos
Roubando as forças... Então morri
Cristal sempre tem outro
Vida não tem para comprar
No anfiteatro da existência
Bastou um instante
O mal já estava feito
A farsa deve continuar
Rosas vermelhas
Com os cacos se cortou
Cristais vermelhos
Com os espinhos se feriu
Queria voltar no tempo
Queria que tudo não passasse de um sonho
Queria trocar o desengano
Por compreensão e boa intenção
Vaso caído foi um grito surdo.
No outro um sorriso contido
Se não fosse para ajudar não teria arriscado tanto.
Agora resta colher os cacos de emoções