DE QUE ADIANTA



De que adianta abrir meus braços
Se os teus não estão juntos aos meus
Sinto os perdidos abraçando o espaço
Como se estivessem a dizer um adeus.

De que adianta num sorriso os lábios abrir
Se o teu rosto nunca posso contemplar
Então não me adianta sozinho estar a sorrir
Se meus olhos estão sempre teu rosto a buscar.

Como posso seguir os seus passos se seu caminho
Com o meu nunca junta ao se encontrar no mesmo lugar.
Andando pelo meu caminho vivo pisando em espinho
E procuro sua mão e não a encontro para me amparar.

De que adianta eu fechar os meus olhos para não ver
Sentindo que seu amor por mim já não mais existe
Será um pouco difícil você voltar a tentar me convencer
Que é um engano meu e que seu amor ainda persiste.

De que adianta eu tentar seguir sempre adiante
Se lá no final do túnel não estou vendo solução
Você deixou de ser um homem lindo e galante
Fazendo morrer no meu coração toda a minha ilusão.

Você mudou suas atitudes e sua forma de demonstrar
O sentimento que um dia disse nutrir por mim
Penso comigo que há muito deixou de me amar
Só não tem a coragem de por neste romance um fim.

Cansei de viver de sonhos, quimera e fantasia
O que preciso mesmo e de uma real realidade
Por isso estou colocando tudo isso nesta poesia
Quero que leia e para terminar sinta-se a vontade.



ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 10/05/2008
Reeditado em 10/05/2008
Código do texto: T983373