Alvéolos
Imaginação de asas quebradas
Nos tempos de amor bruto
Sóbrios olhares do seu luto
Trevas prolixas do coração
Alvéolos postiços da contrição
Vastos prazeres nas amadas
Razão sem sentido e armada
Veias entupidas de veneno
Brado ao meu amor
Num simples aceno
A poesia não me traz abrigo
Consumido no infiel castigo
Aforismo insano no terror
Vidas incompletas no pavor
Na cura e no descaminho
Nos poros uma perdição
Flores negras caídas
Nas ilusões descabidas
Procuro meu coração
Inferno que aqui há
Lágrimas no seu rosto já.
HERR DOKTOR