Efêmera eternidade (Rasante)
Vi refletida no infinito
a sombra dos desejos que não vivi.
Nos espaços íngremes de meus abismos,
cultuei olhares e tantos sorrisos,
que nunca trouxeram o que senti.
Apenas permiti.
E lancei-me nas estranhezas do mundo,
pensando viver o amor mais profundo,
no entanto, fadado ao desengano.
Rasgados os véus do envolvimento,
deixo fluir o meu pensamento
e novamente refaço meu plano.
Outro voo, distante de mim.
Nas rasantes de um amor sem fim...