Uma história
Época errada eu nasci
Inverno frio e sonolento
Mas a criança de outrora
Logo cai no esquecimento
O mundo negou abrigo
Minha vida se diluiu
Uma caminhada errante
No corpo um calafrio
No silencio da noite
Meu corpo a entregar
A cada homem na esquina
Para o seu desejo saciar
Minhas entranhas rasgando
Da alma lágrima a derramar
Com coração sangrando
Minha vida a abrumar.
Despida deste cruel pecado
Nas trevas do meu viver
Como maquina do sexo
Aceito tudo sem nada dizer
O tempo vai passando
Noites sortidas sombrias
Lutando para sobreviver
Numa vida sem alegria
Essa é minha história
Para teus olhos aguçar
Mulher da vida,
Mariposa da noite
Assim que a sociedade
De continuo vai rotular
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