DOR
DOR
Quando se descobre a dor
O corpo todo estremece
As entranhas esquece o pudor
Soluça e grita pelo que não merece
E com o andar pesado e lento
Face fechada e triste
Carrega um andor como alento
Daquele que mesmo morto existe
Existindo mesmo que morto
Sem notar a beleza da vida
Apenas um ôco corpo
Sem sabor,sem calor sem vida
E quando a dor é sentida
O corpo todo se curva
Diante da esperança perdida
Deixando a alma turva
Mas a dor
É uma parte da vida
Mesmo chorando e com rancor
A dor é irmã gêmea do AMOR.
Alzira Paiva Tavares