Solidão
Já nem o carteiro me visita.
As cartas que espero
me desesperam porque não chegam.
O telefone não toca,
a não ser que haja engano,
então, mando às favas
o importuno que se engana
pois em mim emana
um momento de ilusão.
Estou triste.Estou só.
Corre o tempo indiferente
à tristeza minha
à minha solidão.
Quem sou eu?
Mais um ente...
entre os que se consomem
pela angústia
que, aos poucos, se dissipa
quando recebo e-mails.