O rapto
A partida chegou acompanhada desta vez,
o caos,
o vício.
A morte amarga e lenta...
Por favor não me lamentem
e nem mesmo pensem
em prováveis motivos.
Não sei viver,
por isso improviso.
Vou mastigar a dor e engolir em seco,
quero amputar minha alma
e esvaziar meu espírito,
quero estar doce e calmo.
É inevitável, tudo acaba,
se parte, se quebra
e meus pedaços
descançam no lixo das calçadas.
Não sei caminhar,
por isso deixo pegadas.
Vou fugir da vida
raptado pela morte.