Minha poesia morreu I
Chamem o padre
Por hoje decreto a morte da minha poesia
Enterrei todos meus versos e estrofes
Com terra de rimas e metáforas
A sete palmos do meu silêncio
Este poema é negro
Como café...
Choro por ela
Como quem chora pra dentro
Minhas lágrimas são tempestades
Dentro de mim
Sou todo luto
Este poema é o resto
Mortais da minha falecida poesia...
Rezo por ela
Como quem grita pra fora
Minhas preces são raios e trovões
Fora de mim
Eu sou puro cansaço
Jaz minha poesia...
“-Descanse em paz.”
Porque sou puro tormento...