Solo de Minh'alma
Solo de minh'alma...
Árido, trincado, sem vida.
Nada tens a oferecer, senão,
o vazio deserto profanado.
Nada nele é plantado...
Esquecido, perdido, abandonado.
Solo esfarelado pelo tempo, que então,
morre...ao calor do tempo.
Solo maldito, mal cuidado...
Não tens a chuva que te ressucita.
Nuvens, nem em sonhos te fazem sombra,
pois, de que adianta se estás morto!?
Solo de minh'alma, nem lágrimas
brotam de ti...seu leito dormente...
grita pela nascente esquecida...
Que nem teu rumo conheces mais.
Minh'alma transborda a dor da sede...
Suas fendas profundas, inertes, doentes...
Grita errante, não obstante, tivesse a alma,
forças para sobreviver.