Marcas...
As marcas que trago comigo
São conseqüências do perigo
Que meu viver traz consigo...
São marcas fortes,
Cortes...
Cortes que transpassam a alma
E deixam no espírito um trauma
Que faz afastar a calma
E trazer latente um torpor,
Dor...
Dor que trouxe cicatrizes
A lembrar desses dias infelizes
Ao descobrir tratar-se de atrizes
A encenar sentimentos nobres,
Pobres...
Pobres e tristes no meu olhar refletido
As marcas de ter me iludido
Acreditando que tudo é permitido
Quando se tem uma paixão,
Ilusão...
Ilusão que cravou em mim punhais
Dos quais orgulho e vaidade são pais,
Porém foram atirados pelos erros fatais
Que cometi ao amar sem fronteiras,
Torneiras...
Torneiras que gotejam solidão
Deixando marcas em meu coração...
Eterna a saudade dessa ilusão
Que foi amá-la um dia,
Fantasia...