A GUERRA DOS JUÍZOS
Eu pago muito caro, pela ausência de meus crimes;
Porque insisto em tudo aquilo, que meus olhos se recusam ver;
Talvez por ser o único a ouvir, as reais vozes emitidas por meu ser;
Ou por me recusar a expor minhas chagas, em vitrines!
Aqui nesse mundo de homens, não há lugar para humanos;
Pois inventaram o diálogo, justamente porque não querem conversar;
Talvez por isso há tanta oposição, ao discurso de meu olhar;
Ou quem sabe por revelarem suas crises, nos porões de seus enganos!
Se não me obrigo a ter por lástimas, meu reto juízo;
Tampouco me alcança, a vanglória do ato sem fruto;
Tudo que sei é que o modo que nos visitam, eu entendo por furto;
E o que não sei, é se de suas ofertas, eu de fato preciso!
Bandeira branca jamais, pois eu resido nas trincheiras;
Hiroshima e Nagasaki, são aqui dentro de mim;
Eles são Bahamas, eu sou Iraque - e tem que ser assim;
E sigo pagando o alto preço, por minhas mentiras serem verdadeiras!!