NO ESPELHO A SAUDADE
Por acaso olho-me no espelho
E me surpreendo com o que vejo
Vejo-me mais que um velho
E vem-me a mente um lampejo.
Lembranças de tempo passado
Num olhar duro de interrogação
Pergunto-me um tanto incomodado
Porque sentir de mim tanta compaixão.
Uma ancialouca me invade
Um desejo de voltar no tempo
Subir nas asas do vento
Para matar esta saudade.
Sou ainda aquele menino travesso
Que vi com meus próprios olhos a guerra
O mundo virando do avesso
Não sabendo mais se existiria a terra.
Mas a isso tudo sobrevivi
Ainda me sinto bem forte
O que nesta vida colhi
Não levarei com amorte.
Por acaso olho-me no espelho
E me surpreendo com o que vejo
Vejo-me mais que um velho
E vem-me a mente um lampejo.
Lembranças de tempo passado
Num olhar duro de interrogação
Pergunto-me um tanto incomodado
Porque sentir de mim tanta compaixão.
Uma ancialouca me invade
Um desejo de voltar no tempo
Subir nas asas do vento
Para matar esta saudade.
Sou ainda aquele menino travesso
Que vi com meus próprios olhos a guerra
O mundo virando do avesso
Não sabendo mais se existiria a terra.
Mas a isso tudo sobrevivi
Ainda me sinto bem forte
O que nesta vida colhi
Não levarei com amorte.