MÁSCARAS DE UM PARVO OLHAR
Tu, não permaneças com tristeza,
Por trás de uma pequena mágoa,
Que não me seduz com avareza,
Pranteado que se desfaz em água.
Diminutas gotículas se espalham,
São máscaras de um parvo olhar,
Nas expressões que se empulham,
No intento caviloso de engabelar.
Tuas meras palavras melancólicas,
Não trazem amor, vida e nem afeto,
Com tais manifestações neuróticas,
Afinal, com insinuância e desafeto.
Lutei como se fosse um guerreiro,
Feri o meu coração na tua causa,
Banhei a tua alma sendo cavalheiro,
E curei com esta poesia em pausa.
Escrevendo estes versos brancos,
Na escuridão do teu sofrimento,
O teu olhar com grande sanco,
Do alçapão imerge o fingimento.
Amiga, nem sempre haverá glória,
Desabrochando luz num milagre,
Não tendo na vida espinhos nas orlas,
Cravados num sacrifício muito acre.
(D.R.A)