BUSQUE OUTRO RUMO!

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Continua amarrotando o meu coração com esta fúria ilegítima e cruel revelando-se gélido indivíduo que vê no sofrimento o motivo do próprio riso.

Percorre meu corpo com pisadas trazidas pelas lembranças e nada mais devo significar, pois o lenitivo dos ferimentos é o afago apimentado do seu abandono.

O barulho do meu rangido choro é suplício apenas para os meus ouvidos - ensurdecidos às tantas vozes que me convocam para sair do precipício.

Malvada... marupiara descontente.

Haverei de assentir outros clamores,

mas não serão seus.

O mundo gira engendrando aos que inventam o gosto destilado de experimentar a sua cria...

tarde ou cedo,

isto não me importa,

saberei de mim enquanto estará perdida nesse icástico viver lamuriando o que poderia ter sido...

e o que tiver conseguido enfermar além de você poderá ser o seu subterfúgio para lhe indicar outro rumo!

©Balsa Melo

23.03.08

Paraíba

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 23/03/2008
Código do texto: T913560
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