ESCRAVO DO SENTIR

Sou sombra muda

No auge que desnuda

Amor e simpatia

Pinto no horizonte

Pureza da minha fonte

Assinada pela melancolia

Espolio de fragrâncias

Datado nas minhas carências

Obsoletas sem afecto

Rumando ao destino

No expoente da voz

Desconhecido dialecto

Sou pioneiro da loucura

Estirpe da ternura

No segredo da escuridão

Acordo nas ondas do mar

No tempo de voltar amar

Sem camuflar o coração

Dou sem receber

Partilho todo meu querer

No beijo que me dá o vento

Nas palavras que escrevo

Dum juízo que sou servo

No teu melhor momento