Híbridos...

Antagonismo no querer

Luta entre prudência e loucura

O claro do que é certo?

Se insere no que é errado na escuridão?

Ínfimo o vice-verso da razão.

A penumbra dando vazão às ações,

E o desenrolar de tantas emoções...

Represadas no subconsciente,

Afloram todas como flores em plena época

Agora, nesse momento,

Desnudando-me...

E o frio congela-me a alma.

O incerto preso no fato,

No sentir, no tato...

Hierarquia não há,

Quando o verbo é se dar,

Trocar sensações!

O eterno retorno a essência

Perigosa quando disposta como regra,

Sem flexibilidade com o acaso

Revesti os morais e amorais...

O que sobrevive é a ética.

Antecipo o que provo, escuto, toco.

O gosto de um beijo roubado...

E a libertação da química em nossos corpos,

Suor e seivas que combinam... Destiladas se misturam

Resultando num prazer a combinação.

No momento essa é minha verdade,

Mas nunca a minha vontade.

Pois quero fugir dessa sensação

Que apavora meu coração

Isolando a felicidade

Que só sobrevive, no seio de um amor de verdade...

Não é o nosso caso ao acaso!

Somos um abraço sem laços, sem conquistas!

Sem planos, risos ou sonhos!

Um presente sem passado, quiçá, futuro....

Somos planta sem raiz,

Interrompemos a seiva que faz tudo crescer e florescer...

O bem querer...

Híbridos resistentes mas estéreis

Lascivos e passivos a luxúria,

Transformados em escravos,

Da decepção, desespero...

E por fim a solidão!

Observadora
Enviado por Observadora em 16/03/2008
Reeditado em 07/01/2015
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