Tristeza!
A tristeza bate à porta, insiste em pedir abrigo,
Da chuva e do frio reclama, acintosa exige guarida.
Vai e vem, basta uma brecha, encostar é o que faz melhor,
Suma de uma vez por todas, aqui não é o seu lugar.
Já está acostumada com a solidão torturar,
O frágil coração que na paixão quer acreditar.
Persistente nas batidas, fraquejar é meu tormento,
Tristeza dê meia volta, procure alguém com disposição,
Que tolera a agressividade com que machuca o coração.
Decido me iludir e acreditar no amor impossível,
Entro sempre na contra-mão, é certeira à decepção,
Nas asas da tristeza, que se apresenta dominável.
A alegria chegou primeira, sabe o quanto é abominável.
Não seja estraga prazer, não te quero por companheira.
Sou feliz do meu jeito, caminho em passos ligeiros,
Pego carona clandestina, numa felicidade qualquer,
Não venha incomodar, aquele que não te quer,
Não tem direito de roubar, o sorriso de uma mulher...
Campinas, 15/03/2008.